Texto retirado da publicação de Cláudio Vicentino e Reinaldo Scalzaretto. Suplemento atualizado para o Ensino Médio: Nova ordem internacional. Ed. Scipione
Como sistema produtivo, o capitalismo sempre se caracterizou por flutuações periódicas de expansão e contração econômica. Foi um economista russo do início do século, chamado Nikolai Kondratieff (1892-1930), quem denominou de ciclos longos cada um desses períodos, hoje também chamados de ciclos de Kondratieff. Com duração aproximada de 40 a 60 anos, cada um desses ciclos apresenta um período de prosperidade, seguido de recessão, depressão e recuperação.
Considerando a história do desenvolvimento produtivo desde o início da Revolução Industrial até os dias de hoje e aplicando a teoria de Kondrtieff, podemos visualisar quatro grandes ciclos ou ondas da evolução econômica, como indica o gráfico abaixo:
O primeiro ciclo vai de 1782 a 1845, com a expansão econômica impulsionada pelas inovações tecnológicas, fundadas na máquinan a vapor e na indústria têxtil, características da Primeira Revolução Idustrial, sob liderança da Inglaerra.
O segundo ciclo, de 1845 a 1892, foi impulsionado pela Segunda Revolução Industrial, assentada na expansão ferroviária e siderúrgica. Embora a Inglaterra ainda liderasse as inovações e mantivesse a hegemonia sobre o spaço mundial, os Estados Unidos foram se consolidando economicamente e ultrapassando a velha potência em alguns setores industriais.
Já o terceiro ciclo, iniciado em 1892 e encerrado em 1948, contou com as inovações técnicas do motor a explosão, do uso do petróleo e da eletricidade. Os Estados Unidos, agora líderes absolutos em todos os principais setores econômicos, firmavam sua expansão geopolítica continental e internacional, colocando sob sua área de influência o Pacífico e o Atlântico.
Finalmente, vivemos hoje a quarta onda, que teve início em 1948 e parece estar agora na última fase, ou seja, no períod de recuperação. Nesse último ciclo, a tecnologia propulsora do desenvolvimento é baseada na eletrônica, na biotenologia e na química fina. Concorrendo com os Estados unidos, o Japão e a Alemanha surgem como potências que estão assumindo a vanguarda na produtividade, no desenvolvimento tecnológico e na acumulação de capitais.
Desde que se instalaram o declínio e a recessão capitalista nos anos 60, essas potências conseguiram manter suas taxas de crescimento e despontam, noa anos 90, como principais pólos da ordem capitalita. Enquanto os Estados Unidos continuam com crescentes déficits poúblicos e sados negativos na balança comercial, além de recessã industrial e elevadas taxas de desemprego, seus concorrentes acumulam volumes gigantescos de dólares, devido ao constante crescimento da produção industrial e dasportações e aos investimentos em áreas prioritárias da tecnologia do futuro.
Contudo, mesmo com a emergência dos novos pólos dinâmicos do desenvolvimento, os centros que lideram a ordem capitalista estão mais interdependentes do que emconfronto, definindo entre si áreas de hegemonia e dividindo funções que combinam seus interesses.
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