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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Kosovo independente poderá sobreviver economicamente?











O mundo questiona se o Kosovo tem condições de sobreviver após sua eventual independência da Sérvia. Como remédio contra miséria, o Banco Mundial aposta nas reservas de carvão da atual província.

A maioria Albanesa residente no Kosovo almeja seu principl objetivo: SEPARAR-SE DA SÉRVIA.
O que não está absolutamente claro é se a ainda província sérvia terá condições econômicas de sobrevivência. Já nos tempos da Guerra Fria, o Kosovo era considerado uma das regiões mais pobres da antiga Iugoslávia.

Pobreza extrema
Ainda hoje a província sérvia pertence a uma das regiões mais pobres da Europa. Em 2005, segundo o Banco Mundial, sua renda per capita girava em torno dos 1.243 euros anuais.
Trinta e sete por cento de sua população vive na pobreza, dispondo de menos de 1,42 euro diário para sua sobrevivência. A pobreza atinge principalmente crianças, idosos, famílias sem presença masculina, deficientes, desempregados, residentes de cidades pequenas e minorias com etnia não-sérvia como os rom. Segundo o projeto Ebis (Educação de Adultos no Sudeste Europeu), mais de 50% dos adultos da região são analfabetos funcionais.
Pode um país sobreviver, economicamente, desta forma? Pouco antes de uma possível declaração de independência, as dúvidas são muitas. "Os separatistas do Kosovo ignoram a realidade econômica", comentou o Wall Street Journal em sua edição de 9 de fevereiro último.

Sem razões para independência
Por este motivo, Ruth Wedgwood, professora de Direito Internacional e Diplomacia na Universidade John Hopkins em Baltimore, Estados Unidos, defende a não independência da província.
"O Kosovo tem carvão, chumbo e mão-de-obra, mas se localiza num canto da Europa onde poucos turistas vão passear", escreve Wedgwood. Politicamente, desde que Milosevic saiu do poder, não existiria mais motivo para independência da província, argumenta a professora.

Esperança no carvão
Franz Kaps, enviado especial do Banco Mundial para o Sudeste Europeu até maio de 2007, não vê a situação de forma tão pessimista. Kaps, que ainda hoje é conselheiro do banco, aposta na conversão do carvão vegetal em energia elétrica.
As reservas do Kosovo são avaliadas em 15 bilhões de toneladas. O Banco Mundial calculou que, até 2012, o Sudeste Europeu precisará de uma capacidade adicional de produção energética de 4,5 gigawatt.
As instalações estão em mau estado, por esta razão, procuram-se, atualmente, investidores. "Se funcionar, o Kosovo pode vir a se tornar um exportador de eletricidade", afirma Kaps.
No entanto, as condições para qualquer desenvolvimento seriam estabilidade política e legal. "O principal fator de estabilidade seria a inclusão do Kosovo e da Sérvia na União Européia", explica o conselheiro do Banco Mundial.
"Os problemas políticos começaram em 1989"
Até que este seja o caso, os habitantes do Kosovo dependerão da mesma ajuda que há anos recebem: o dinheiro que os kosovares emigrados mandam para os parentes que deixaram sua região de origem. Segundo estimativas, a cifra chega a cerca de 450 milhões de euros anuais.
"Esta é a tradicional ajuda ao desenvolvimento para o Kosovo", afirma Karl Kaser, professor de História do Sudeste Europeu na Universidade de Graz. Kaser lembra que já houve tempos melhores para o Kosovo.
Nos anos de 1980, ele visitou diversas vezes a região. Na antiga Iugoslávia havia uma transferência norte-sul de recursos. Assim, dinheiro da Eslovênia era enviado para o Kosovo.
"Antes, tinha-se a impressão que a região estava em crescimento", explica Kaser. Por toda parte, foram construídos hotéis e novas moradias. "Os problemas políticos começaram em 1989", explica.
Da Iugoslávia à União Européia
Kaser descarta um Kosovo dependente da Sérvia. Afinal de contas, a maioria da população quer a independência. Além disso, atualmente, pouca ajuda pode se esperar de Belgrado. "A própria Sérvia está arrasada e não tem condições de investir no Kosovo", explica o professor.
Para Kaser, tudo vai depender de uma eventual admissão do Kosovo na União Européia e de que o governo garanta condições de estabilidade. Condições legais claras são necessárias para a exploração dos recursos carboníferos e para atrair investidores internacionais.
Kaser teme, no entanto, que tais empresas não estariam interessadas em investimentos a longo prazo e acabariam por transferir seus lucros para fora. De qualquer forma, ele se diz otimista ao observar a atual situação da província: "A situação só pode, realmente, ficar melhor", afirma com humor negro.

Dirk Eckert (ca)

Após 49 anos, ditador Fidel Castro renuncia ao poder em Cuba




O ditador Fidel Castro, 81, que anunciou nesta terça-feira a renúncia à Presidência de Cuba e a seu cargo de comandante do Partido Comunista, foi o líder do país durante 49 anos. Sua trajetória é marcada pela liderança na Revolução Cubana em 1959.
A renúncia abre caminho para que seu irmão, Raúl Castro, 76, implemente reformas no país. Ele assumiu interinamente o poder depois que Fidel adoeceu, em 31 de julho de 2006.
Após 49 anos à frente do poder, ditador cubano Fidel Castro renuncia ao cargo por "falta de condições físicas" para continuar
"Meu desejo sempre foi cumprir minhas tarefas até o meu último suspiro", escreveu Fidel em uma carta publicada nesta terça-feira no site na internet do jornal "Granma". "No entanto, seria uma traição à minha consciência assumir uma responsabilidade que exige mobilidade e e dedicação que não estou em condições físicas de cumprir", escreveu o ditador cubano.



Era Fidel
Castro assumiu o poder em Cuba em 1959, e transformou o país em um Estado comunista.
Durante os 49 anos à frente do poder, ele sobreviveu a tentativas de assassinato e a uma invasão da ilha apoiada pela CIA [inteligência americana]. Dez administrações americanas tentaram derrubá-lo. A mais famosa tentativa foi a invasão da Baía dos Porcos, em 1961.
Os partidários de Fidel o admiravam pela habilidade de garantir alto nível nos serviços de educação e saúde para os cidadãos, embora permanecesse independente dos EUA. Já seus opositores o chamavam de ditador cujo governo totalitário negava as liberdades civis.
Em 16 de abril de 1961, Fidel declarou sua revolução socialista. Um dia depois, ele derrotou a tentativa de invasão da Baía dos Porcos, apoiada pela CIA.
Os EUA embargaram a economia de Cuba, e a inteligência americana planejou matá-lo.
A hostilidade chegou ao seu auge em 1962, com a crise em torno dos mísseis cubanos.
Com o colapso da ex-União Soviética, a Cuba entrou em crise econômica, mas se recuperou durante a década de 90, com o boom do turismo.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Além da sala de aula

A pedido de vários estudantes, estou criando o Geo Guia. Nesse espaço poderemos discutir e pensar a Geografia. O conteúdo dado em sala de aula será ampliado e aqui, todos vocês, encontrarão dicas sobre filmes, livros, sites, programas de TV, matérias de jornais que abordem a Geografia não como um assunto "modorrento" de escola, mas com uma forma atual para a compreensão do mundo e da humanidade.Ser estudante não é só se preocupar com os deveres de casa e a nota das provas. É abrir-se para conhecer o mundo, sua diversidade (em todos os sentidos) e aprender a conviver com todas. É ter consciência crítica para com o universo em que vivemos. É ter a sabedoria de que as notas são temporárias, mas o conhecimento perdura. E somente através dele existe a possibilidade de progresso e evolução.Nos dias atuais, não há como nos restringirmos ao material estudado na escola. A informação chega em nossas vidas a todo o momento. Não só a informação formal que é transmitida pelos livros e jornais, mas a informação sócio-cultural, que chega através do papo com os amigos, no recreio, na música que ouvimos no rádio ou baixamos pela internet, pelos programas de TV, na escolha da roupa que vamos usar para ir a uma festa, do que resolvemos pedir em um restaurante, etc.Portanto, entenda sua posição: cada um de nós somos um pólo de informação "ambulante" para nossos amigos, familiares, colegas e vizinhos.Que tipo de informação e consciência você quer ter/passar?Se quiser ser apenas mais um na massa, saiba que em nada você fará diferença no mundo. Se você quer pertencer a alguma "tribo", "galera" ou grupo, junte-se a nós e deixe o Geo Guia te levar!!
Boas Vindas,
Beth