Olha o tempo...

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Ilha das flores

Um dos melhores documentários em curta-metragem feitos no nosso país, com direção de Jorge Furtado, Ilha das Flores (1989), foi um dos documentários mais premiados. O filme retrata a pobreza do povo brasileiro de maneira ácida e irônica, mostrando a trajetória de um tomate, da sua plantação até o seu destino final, um lixão.
Esse documentário mostra a perversidade da sociedade de consumo e como o modelo capitalista gera muita riqueza ao mesmo tempo alimenta a grande desigualdade, perpetuando a lógica do "espaço partido". Nesse documentário o lixão mostrado serve como depósito de comida para as classes mais privilegiadas, e como um grande banquete para os mais necessitados.
Segue o documentário para que você ateste o que foi comentado. Ele está divido em duas partes.


FORDISMO E PÓS - FORDISMO







domingo, 28 de setembro de 2008

As guerras civis na África - Ruanda e Burundi

Um dos desdobramentos mais trágicos das lutas desencadeadas a partir do processo de independência são as guerras civis. Tata-se da conseqüência mais visível e sangrenta da criação das fronteiras artificiais responsáveis pela divisão política do continente africano. Conflitos ancestrais tornaram-se guerras que desencadearam elevado índice de mortes, muitas vezes acompanhadas de golpes de Estado e instauração de ditaduras corruptas, interessadas em assegurar privilégios de minorias.

  • Ruanda e Burundi - Um dos maiores exemplos dessa luta mortal entre tribos é a que envolve hútus e tútsis nos territóros hoje divididos em Ruanda e Burundi. Originalmente denominada Ruanda-Burundi, até a Primeira Guerra Mundial essa região pertencia à África Oriental Alemã. Em 1919, após a derrota dos alemães na guerra, os belgas assumiram o controle do território em questão.

Os conflitos na região, porém, remontam aos séculos XII e XV, quando chegaram ao local grupos de hútus e tútsis, qu conviveram ali durante muito tempo. Os Tútsis criavam gado, os hútus eram agricultores.

Sob o domínio belga, os tútsis, que correspondiam a cerca de 15% da população, foram escolhidos pelo poder colonial para "governar" o país. A maioria hútu (cerca de 85%) ficou excluída do processo social e econômico. Como não poderia deixar de ser, os hútus passaram a defender um governo que representasse os seus interesses. Em 1959, os agricultores hútus rebelaram-se contra a monarquia tútsi apoiada pelos belgas e abriram caminho para separar Ruanda e Burundi. Em 1961, sob a liderança hútu, Ruanda ganharia status de República, e, no ano seguinte, a Bélgica reconheceria sua independência. Perseguidos, os tútsis procuraram abrigo nos países vizinhos. Por sua vez, Burundi também se tornou independente nesse ano, sob monarquia tútsi.

Entretanto, a paz não foi alcançada. Em 1963, tútsis exilados no Burundi organizaram um exército e voltaram para Ruanda, sendo massacrados pelos hútus. Outros massacres sucederam-se até que, em 1973, um golpe de EStado levou ao poder, em Ruanda, o coronel Juvénal Habyarimana, de etnia hútu. Apesar dos conflitos persistirem, pode-se afirmar que, nas duas décadas seguintes, houve certa trégua.

Em 1993. o governo de Ruanda, lederado pelos hútus, assinou um acordo de paz com aliderança tútsi, pelo qual os refugiados poderiam voltar ao pais e participar do governo. Em abril do ano seguinte, retornando de uma conferência na Tanzânia, os presidentes hútus de Ruanada e de Burundi foram vítimas de um acidente aéreo. A morte desses líderes desencadeou a volta dos massacres.

No Burundi, apesar da condição de minoria étnica, os tútsis detinham o controle do Exército e deram um golpe de Estado em 1996, quando nomearam presidente um major dessa etnia. Além disso, obrigaram grande massa de hútus a viver na condição de refugiados nos chamados "campos de reagrupamento", que reúnem cerca de 10% da população (cerca de 800 mil pessoas), segundo dados da organização não governamental Anistia Internacional. Outros 700 mil refugiados vivem fora das fronteirs do país, mais precisamente em países limítrofes, como Tanzânia e Uganda, criando sérios problemas para os dois governos, que não têm condições de garantir ajuda humanitári a essa população.

Em Ruanda, onde a violência não tem sido menor, calcula-se que 13% da população tenha morrido na guerra desencadeada em 1994 pelos hútus, sendo 90% desse total integrantes da minoria tútsi, segundo dados da ONU.

O que é etnia?

Embora não haja uma definição precisa para esse termo, etnia significa um grupo de indivíduos caracterizados por alguns elementos culturais em comum, como língua, religião, métodos de cultivo, alimentação, história. Não há necessidade de o grupo pertencer a uma mesma nacionalidade ou possuir semelhança genética.

Uso do BADONGO

Esse aviso é para quem quer ter acesso às aulas em pps. No lado esquerdo você terá um título escrito , "aulas em pps" . Clique no link que desejar, referente a sua aula e automaticamente entrará no BADONGO, dessa maneira você só precisará fazer o DOWNLOAD no final da página, após ter confirmado a seqüência de letras que aparece no site. Qualquer dúvida escreva para mim e bons estudos!!!!

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Os complexos agoindustriais

Respostas dos exercícios do capítulo 9 - material de referência: Manual do professor do livro Projeto de ensino de Geografia - Geografia do Brasil de Demétrio Magnoli e Regina Araujo.

1. A agropecuária envolve apenas a agricultura e a criação de gado. Já o agronegócio abrange também o conjunto das cadeias produtivas alimentadas pela agropecuária, o que inclui diversos setores industriais, além dos sistemas de estocagem e distribuição. Por isso, corresponde a uma parcela significativamente maior do PIB.

2. LETRA " E "

3. No Brasil, o setor agropecuário liberou força de trabalho para os setores urbanos industriais, representa uma fatia importante do mercado das indústrias mecânicas, é fundamental para o equilíbrio da balança comercial e fornece alimento a custos razoáveis para as populações urbanas. Entretanto, os agricultores familiares e os trabalhadores rurais auferem rendimentos médios muito baixos, e são praticamente excluídos do mercado dos bens de consumo produzidos nas cidades.

4. Nesse período, o incremento da produção ocorreu principalmente em função do aumento da produtividade resultante de um conjunto de inovações tecnológicas, tais como a correção artificial da acidez do solo e a introdução de cultivares de maior rendimento.

5. A concentração da produção agropecuária nos estados do Centro-Sul pode ser explicada pela adoção de tecnologias modernas, que elevam a produtividade nessa porção do país. Além disso, essa região abriga grande parte dos mercados consumidores dos produtos da agropecuária voltados para o consumo interno.

6. O avanço da moderna agricultura sobre os cerrados só foi possível graças ao aumento da densidade técnica do setor, que permitiu a correção da acidez natural dos solos e produziu sementes adaptadas às características climáticas e pedológicas do ecossistema.

7. a) O gráfico mostra a relação entre o volume produzido, a área ocupada pela agricultura de grãos e a produtividade da terra, em cinco estados brasileirois.

b) A produtividade da terra é maior no Mato Grosso do que no Paraná ou no Rio Grande do Sul. Esse fato tem relação com a elevada densidade técnica que caracteriza a agricultura de grãos no Centro-Oeste, responsável pelo aumento significativo do preço da terra na região registrado nos últimos decênios.

8. Trata-se da técnica de cultivo em curvas de nível. Sua função é diminuir o impacto das enxurradas tropicais sobre os solos, de modo a atenuar os processos erosivos e evitar os prejuízos econômicos oriundos da perda de terras férteis.

9. Aplicada à agricultura, a expressão "erosão genética" refere-se à perda da diversidade genética que caracteriza as áreas de agricultura tradicional, devido à homogeneização promovida pelas novas tecnologias. Correntes importantes dos movimentos ambientalistas argumentam que a introdução de cultivares transgênicos de produtividade tende a acelerar esse processo.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

As leis que sustentaram o APARTHEID

As leis que instituíram o apartheid foram sendo abolidas gradativamente ao longo de 41 anos, marcados por muitos massacres e muito sangue derramado pela população negra em sua luta contra o racismo na África do Sul. Fazendo um resumo das leis que ampararam ou criaram o apartheid e sua abolição, tem-se:

  • 1949 - proibição oficial do casamento inter-racial (abolida em 1984);
  • 1950 - obrigatoriedade do registro da raça na certidão de nascimento (abolida em junho de 1991);
  • 1950 - obrigatoriedade de os brancos, negros e mestiços viverem em áreas separadas, e a proibição ao negro de comprar terras (abolida em junho de 1991);
  • 1952 - locomoção de negros estava condicionada ao porte de um "passe", ou seja, um documento de identificação que os autorizava a ir e vi (abolida em 1986);
  • 1953 - proibição de greve de negros e divisão dos serviços públicos (escola, hospital, praça pública, estádio esportivo etc.) em locais para brancos e locais para negro (abolida em 1990).
A Constituição ainda vedava o voto ao negro. Em 1993 isso foi abolido com a reforma constitucional, graças à atuação do CNA (Congresso Nacional Africano), o partido político de Nelson Mandela.

Nelson Mandela

GLOBALIZAÇÃO E POBREZA

OBS: SOMENTE RESPOSTAS!!!

1. LETRA C

2. A afirmação II é falsa, pois a fase descendente dos ciclos caracteriza-se por saturação do mercado e redução das margens de lucro, o que dificulta a entrada de pequenos capitais na disputa por mercado e redução das margens de lucro, o que dificulta a entrada de pequenos capitais na disputa por mercados submetidos ao domínio de oligopólios. A afirmação IV é falsa, pois a teoria dos ciclos de inovação ajuda a compreender as tendências de localização industrial mais importantes em cada ciclo, ao mostrar a importância variável dos fatores de produção (como matérias-primas ou mão-de-obra especializada, por exemplo).

3. a) Entre o final do século XVIII e meados do século XIX, a indústria têxtil nascente organizava-se em torno do tear hidráulico. A água corrente dos rios era a principal fonte de energia mecânica para as fábricas e, por isso, as indústrias aglomeravam-se em torno dos cursos d'água.

b) O carvão mineral e a máquina a vapor funcionaram como fonte de energia principal e tecnologia essencial para a Revolução Industrial do século XIX.Em função dos altos custos de deslocamentos, as aglomerações industriais estabeleceram-se junto às jazidas de carvão mineral.

c) No século XX, a eletricidade e o petróleo abriram um amplo leque de novas localizações industriais. Os baixos custos de transmissão da energia elétrica possibilitaram a implantação de indústrias em lugares distantes das fontes de energia. Os motores a combustão interna e a indústria automobilística deflagraram a construção de rodovias, que representaram novas redes de transporte, muito mais densas que as redes ferroviárias, originando novas localizações para indústrias e centros urbanos.

4. a) A chamada segunda Revolução Industrial, a partir de meados do século XIX, representou crescimento acelerado, muito mais rápido que o incremento demográfico, da força a vapor e da urbanização na Europa Ocidental e Estados Unidos. Simultaneamente, ocorria expansão mundial formidável das estradas de ferro e das frotas de navios a vapor.

b) O conceito de meio técnico caracteriza o espaço geográfico profundamente marcado pelas tecnologias mecânicas e pelas redes de transporte modernas, como as ferrovias e rodovias. O meio técnico é, essencialmente, um produto da Revolução Industrial do século XIX.

5. a) A expansão acelerada da produção mundial de gêneros tropicais, na transição do século XIX para o século XX, é um claro sinal da configuração de um mercado mundial dinâmico. As inovações técnicas ligadas à navegação a vapor e ao transporte ferroviário forma decisivas para a redução dos custos de deslocamento que propiciou a expansão do consumo europeu e norte-americano de gêneros tropicais produzidos na América Latina, Ásia meridional e África.

b) O capitalismo industrial estruturou, na segunda metade do seculo XIX, uma divisão internacional do trabalho baseado no intercâmbio de produtos industriais da Europa e dos Estados Unidos por gêneros tropicais e matérias-primas do resto do mundo.

6. a) No pós-guerra, o sistema internacional de Estados estruturou-se em torno da rivalidade entre as superpotências da Guerra Fria. A economia mundial capitalista evoluiu sob a liderança dos Estados Unidos. Configurou-se um bloco econômico socialista, na Europa Oriental, liderado pela União Soviética.

b) Os Estados Unidos emergiram da guerra mundial como a mais poderosa economia mundial. Um reflexo disso foi o papel desempenhado pelo dólar, desde a Conferência de Bretton Woods, de padrão monetário internacional. O poderio da economia norte-americana catalisou a reconstrução da economia capitalista mundial. As economias da Europa Ocidental e do Japão, destruídas pela guerra, experimentaram rápida recuperação. Sob o impulso da reconstrução de infra-estruturas e estruturas produtivas e da incorporação de novas tecnologias, entre os anos 1950 e 1970, a Europa Ocidental e o Japão experimentaram crescimento mai rápido que os Estados Unidos, diminuindo a difrença enorme que os separava.

c) Os conglomerados transnacionaisnorte-americanos, europeus e japoneses foram responsáveis pelo crescimento da produção e da produtividade nos setores mais modernos da economia industrial. Os investimentso diretos das transnacionais contribuíram decisivamente para a desconcentração geográfica da indústria, em escala global, dinamizando a industrialização de diversos países subdesenvolvidos.

7. A aceleração da centralização de capitais, na década de 1990, foi impulsionada pelo acirramento da concorrência em escala global, em virtude da tendência à liberalização dos mercados nacionais. Além disso, foi estimulada pelos vultosos investimentos em pesquisa, marketing e comercialização exigidos pela concorrência globalizada.



terça-feira, 16 de setembro de 2008

As Oscilações do Capitalismo


Texto retirado da publicação de Cláudio Vicentino e Reinaldo Scalzaretto. Suplemento atualizado para o Ensino Médio: Nova ordem internacional. Ed. Scipione

Como sistema produtivo, o capitalismo sempre se caracterizou por flutuações periódicas de expansão e contração econômica. Foi um economista russo do início do século, chamado Nikolai Kondratieff (1892-1930), quem denominou de ciclos longos cada um desses períodos, hoje também chamados de ciclos de Kondratieff. Com duração aproximada de 40 a 60 anos, cada um desses ciclos apresenta um período de prosperidade, seguido de recessão, depressão e recuperação.

Considerando a história do desenvolvimento produtivo desde o início da Revolução Industrial até os dias de hoje e aplicando a teoria de Kondrtieff, podemos visualisar quatro grandes ciclos ou ondas da evolução econômica, como indica o gráfico abaixo:


O primeiro ciclo vai de 1782 a 1845, com a expansão econômica impulsionada pelas inovações tecnológicas, fundadas na máquinan a vapor e na indústria têxtil, características da Primeira Revolução Idustrial, sob liderança da Inglaerra.

O segundo ciclo, de 1845 a 1892, foi impulsionado pela Segunda Revolução Industrial, assentada na expansão ferroviária e siderúrgica. Embora a Inglaterra ainda liderasse as inovações e mantivesse a hegemonia sobre o spaço mundial, os Estados Unidos foram se consolidando economicamente e ultrapassando a velha potência em alguns setores industriais.

Já o terceiro ciclo, iniciado em 1892 e encerrado em 1948, contou com as inovações técnicas do motor a explosão, do uso do petróleo e da eletricidade. Os Estados Unidos, agora líderes absolutos em todos os principais setores econômicos, firmavam sua expansão geopolítica continental e internacional, colocando sob sua área de influência o Pacífico e o Atlântico.

Finalmente, vivemos hoje a quarta onda, que teve início em 1948 e parece estar agora na última fase, ou seja, no períod de recuperação. Nesse último ciclo, a tecnologia propulsora do desenvolvimento é baseada na eletrônica, na biotenologia e na química fina. Concorrendo com os Estados unidos, o Japão e a Alemanha surgem como potências que estão assumindo a vanguarda na produtividade, no desenvolvimento tecnológico e na acumulação de capitais.

Desde que se instalaram o declínio e a recessão capitalista nos anos 60, essas potências conseguiram manter suas taxas de crescimento e despontam, noa anos 90, como principais pólos da ordem capitalita. Enquanto os Estados Unidos continuam com crescentes déficits poúblicos e sados negativos na balança comercial, além de recessã industrial e elevadas taxas de desemprego, seus concorrentes acumulam volumes gigantescos de dólares, devido ao constante crescimento da produção industrial e dasportações e aos investimentos em áreas prioritárias da tecnologia do futuro.

Contudo, mesmo com a emergência dos novos pólos dinâmicos do desenvolvimento, os centros que lideram a ordem capitalista estão mais interdependentes do que emconfronto, definindo entre si áreas de hegemonia e dividindo funções que combinam seus interesses.

domingo, 14 de setembro de 2008

Encontro com Milton Santos




Perguntas baseadas no documentário "Encontro com Milton Santos ou o mundo global visto do lado de cá".





1) Por que Milton Santos afirma que a globalização é uma fábrica de perversidade?


2) Como pode ser analisada essa "outra globalização" proposta por Milton Santos?


3) Por que e para que o consenso de Washington foi pensado pelos países dominantes?


4) Por que o desemprego crescente, segundo Milton Santos, é uma condição para chegarmos a mais globalização?


5) "água, gás, petróleo"... Por que os países mais pobres clamam pela nacionalização de seus recursos naturais?


6) O que o documentário quis dizer com a idéia do "HOMO DAVOS"?


7) Por que Celso Amorim (Ministro das Relações Exteriores) afirma que o papel do Estado no mundo global ainda tem importância?


8) Como podemos analisar o tópico sobre a REVANCHE DA PERIFERIA?


9) O que Milton Santos quer dizer quando fala em GLOBALITARISMO?


10) " A questão da fome está calcada na má distribuição". Analise essa afirmativa.


11) Por que Milton Santos sugere que o período tecnológico está acabando, e que o foco atual será o demográfico?


12) Levando-se em conta a história da menina e do cachorro, e levando em conta que as notícias são interpretações dos fatos. Como podemos afirmar que a mídia é a intermediadora (não é inocente), mas não é dela o "poder"?


13) "A evolução não será sincronizada como anteriormente e os principais atores são os de baixo, e eles é que vão mandar na história". Analise a afirmativa de Milton Santos à luz do mundo global.


14) Dê exemplos de outros totalitarismos existentes, além do próprio GLOBALITARISMO.


15) " O GLOBALITARISMO existe para reproduzir a globalização". Analise essa firmativa.